Segue umas fotinhos do ator principal. Esta comédia alemã foi um dos maiores sucessos internacionais de 2003, vencedor de inúmeros prêmios e boa bilheteria nas praças em que é lançado. No Brasil, tornou-se também um fenômeno no circuito de arte. Trata-se de um bom representante da nova safra de filmes de conteúdo político, bem mais light e calorosa do que a praticada entre os anos 1960 e 80. A premissa é excelente. Em meados dos anos 80, a mãe do jovem Alex (Daniel Brühl), Christiane Kerner (Katrin Sass), é uma militante humanista na Berlim Oriental, abandonada pelo marido, que pulou o muro, e ainda assim ferrenha admiradora do estilo socialista de vida. Depois de ser gratuitamente agredida numa manifestação de rua, ela entra em coma. Durante sua permanência no hospital, o muro de Berlim cai (1989) e a realidade da cidade muda rapidamente. Ao recobrar a consciência, Christiane recebe a recomendação de não passar por fortes emoções. Com medo de que ela não reaja bem às radicais mudanças históricas, Alex complementa o repouso da mãe em seu quarto com uma verdadeira reencenação da Berlim pré-queda do muro. Para que ela de nada suspeite, o dedicado filho procura por produtos de consumo típicos do lado oriental, grava noticiários falsos com a ajuda do amigo Denis (Florian Lukas), chama os amigos para armar todo um teatro, e desta forma acaba reinventando a própria História. Com um humor inteligente e refinado, mas ao mesmo tempo universal, o delicioso filme de Wolfgang Becker (A Vida É Tudo o que Temos) faz um ótimo paralelo entre o processo de amadurecimento do próprio Alex e a maneira através da qual ele, com sua encenação, tenta manter intacto o próprio passado. É antológica a cena em que a mãe, desconfiada, consegue escapar do quarto e, na rua, vê a cabeça de uma estátua de Lênin ser transportada pelos ares. É uma bela despedida ao socialismo tradicional, com carinhosa luz em direção ao capitalismo. Um filme simpático e importante.
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